Livros de banca versus Código da Vinci? Análise Litertura Gracinha Parte II.


Ok. Confesso: ainda estou curiosa. E, desta vez, com o aspecto publicitário da coisa.

Veja bem, é uma questão de "honra científica", risos.

No último post falamos sobre as imagens e o movimento literário que impulsiona as histórias açucaradas e muitas vezes "hot" (termo constante nos blogs sobre o assunto em relação as publicações que apelam para alguma cena mais picante.) de tais obras. Fiquei pensando, como funciona o mercado para o produto?

Observando as mulheres por trás das obras, observo que a maioria esmagadora são de autoras estrangeiras, muitas com phd em literatura, com grande conhecimento histórico (e, portanto, a fascinação de algumas delas pelo período correspondente à história medieval escocesa, inglesa, enfim.)


Segundo matéria interessante no trash 80's blog, a fórmula constante nos livretos (com o clássico "final feliz") já dura 3 décadas e tem lugar cativo nas estantes de muitas brasileiras, vendendo em média 2 milhões de exemplares por ano! Ainda segundo o blog acima citado, um best seller como Código da Vinci, não alcança metade desse número.

Segundo as pesquisas realizadas pelas editoras (gigantes como a Nova Cultural - a pioneira e até então líder de mercado - e a Harlequim) o target é composto por mulheres que não se fazem de rogado e mandam cartas e e-mails comentando as histórias. Trata-se de um público que corresponde às mulheres de classe média, dos 20 aos 40 e que compram em média, 3 livrinhos por mês.

Bem, não é surpresa que estas histórias servem, como bem coloca o autor da matéria, de válvula de escape para as leitoras que provavelmente não tem uma vida de aventuras e paixões tórridas.

Em "Os empreiteiros" , a matéria é ainda mais contundente já pela chamada, "Romance açucarado corresponde a 35% das vendas a Editora". A publisher da Nova Cultural, Janice Florido , declara a predisposição da editora em reposicionar a marca, diante do feito da série "Clássicos Históricos" que atingiu em 98, 4 milhões de romances vendidos e se mantém.


A publisher compara a situação dos livretos no mercado ao das havaianas há 30 anos - " todo mundo usava e ninguém confessava" - e que com reposicionamento da marca, alcançou o status de modernidade e beleza, um ícone fashion. A ideia, segundo Janice, é fazer o mesmo. (Recomendo visitar o site para ler na íntegra a matéria.)

Para finalizar o assunto, o blog trash 80´s traz a receita infalível para um bom romance de banca entre os quais " é obrigatório colocar homens musculosos na capa" (essa é boa, estará explicada minha fascinação pelas capas?risos!). Alguns modelos até se tornaram famosos por isso. Pois é!

O happy end não pode faltar, de jeito nenhum. E a arte das capas tem que ser correspondente à trama. Se não...Não dá!

Se você ainda subestima o poder destes livrinhos...Fique certo de que são poderosas armas de vendas firmemente calcadas na arte de contar histórias e, claro, nas fantasias das leitoras.

E foi uma vez!!!

ps. As imagens foram retiradas do blog "Romances históricos". Faça uma visita. O blog diponibiliza, sem fins lucrativos, estas obras em formato de e-books. Para quem quer experimentar, é uma boa.









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