A arte da Literatura Gracinha.


A arte de escrever romances de banca.

Achei interessante o tema e me dispus a procurar um pouco sobre o assunto. Na verdade, mais interessada pela arte da capa do que, de fato, pelo estilo literário.

As capas, sem dúvida, são maravilhosas. Ainda não consegui identificar se são realmente fotos ou pinturas. Enfim. (ponto para os belos escoceses e índios cheios de músculos que ora ou outra aparecem ilustrando as diversas historietas.)

Quem nunca leu uma "Sabrina" da vida?
Faz algum tempo que deixei de ler estes livros. E, percebo, que há um certo preconceito por este tipo de leitura. Um preconceito infundado. Alguns deles até podem ser superficiais, mas os meus preferidos sempre foram as trilogias e os romances históricos, cheios de elementos da época medieval. Ouso dizer que foi daí que me apaixonei pela história escocesa medieval, já que inúmeros exemplares tratam de guerras entre clãs, amor e ódio entre ingleses e escoceses.

Mas, como já disse, havia perdido o encanto por estes livros, já que tive a oportunidade de lê-los durante os meus quinze anos de idade. Minha mãe e tia eram uma dupla de devoradoras contumazes deste tipo de obra. Colecionadoras ávidas, tinham caixas destes livros. Com o tempo todos estes livros forma doados e só restaram em nossas prateleiras alguns exemplares mais tocantes, cujo enredo era mais envolvente.

Na busca para entender como são feitas as capas deparei-me com um blog muito interessante. Trata-se de Romances in Pink . Uma espécie de "estante virtual" onde a autora posta seus comentários sobre os romances que leu. Gostei muito porque além dos comentários da autora ela ainda nos permite observar as capas das versões em inglês.

Ao observar a forma como a "blogueira" descreve as obras, fica claro que o universo dos romances de banca é bem mais complexo do que se supõe. Entre romances clássicos e atuais, fica uma lista muito bem montada de livros para entreter. Confesso que depois da visita ao blog, que encontrei por um acaso e tem várias seguidoras, tive vontade de voltar a ler alguns exemplares.

Acredito que a coisa já é até meio "cult", já que muitos dos exemplares são extremamente raros de se encontrar, mesmo nos sebos!

Quem conhece o tipo de leitura sabe que eles tem uma dose de erotismo. (mas, que fique claro, não é pornografia!) E todos os elementos capazes de levar a leitora para diversos mundos, com galãs maravilhosos.

Experimente ler um exemplar. Como bem coloca a autora de Romances in Pink - tome cuidado, porque é viciante!

E foi uma vez...

Se quiser adquirir seus romances pela internet você pode acessar a página da Nova Cultural, dedicada à isso. Boa leitura.

A imagem que ilustra este post foi retirado do blog " A imagem do Romance" da Jornalista Caroline Santos. Também vale a pena visitar, já que se propõe a disponibilizar as capas brasileiras dos romances de banca! (Que era, originalmente, o meu principal objetivo.)


Comentários

  1. Comentário 1
    Nossa, sobre este post tenho muito a comentar.
    Amei a frase "A arte de escrever romances de banca", realmente, esses livros sempre foram alvo de críticas injustas e infundadas, creio eu que a maior parte delas se deve ao fato de q são livros publicados com um material mais simples, sem capa dura ou papel mais sofisticado q se contrapondo a maioria podia ser vendido a um preço muito mais acessível aos leitores mais desprovidos pecuniariamente (tá bom, aos pobres mesmo) e daí então, quem não podia vender a este baixo preço, metia o pau pra quem lia, se sentir constrangido e não mais fazê-lo. Já li muitos e muitos desses livros, quando eu tinha 11/12 anos, eu conheci uma menina um pouco mais velha q eu, q tinha nada menos q uma coleção de 500 exemplares de "Sabrina, Júlia e Bianca", daí qd nos conhecemos no colégio na hora da chamada, ela surtou, acho que ao ouvir meu nome, pensou q eu era uma das heroínas dos livros (kkkkkkkkkk). Enfim, até ali eu não os conhecia, mas ela insistia q eu deveria ler pelo menos um, senão gostasse, teria sido só mais um livro, mas de fato, li o primeiro e me encantei, o nome era "O vôo do condor" não recordo o nome da autora, mas eu li o livro inteiro em apenas uma tarde, e choquei!!! Era magnífico, a heroína uma pobre moça, desajeitada e órfã q arruma um emprego de secretária na fazenda de um magnata no sul dos EUA e ao chegar lá, se depara com um homem arrogante, altruísta, viril, e muito seco no trato q dava as pessoas, e por isso, era odiado por muitos na cidade. A autora, descreve os personagens com uma riqueza tão grande de detalhes, que até hoje vejo a minha frente o arrogante senhor John, que usava camisas de flanela, calças jeans apertadas ao seu corpo forte e másculo, dono de lindos olhos verdes, lábios carnudos, cabelos castanhos claros, e mãos muito grandes (o detalhe das mãos na época até me passou desapercebido......kkk, coisa q hj seria impossível), em contra posto a heroína bem.... confesso que preferi enquanto lia o livro, ignorar a descrição física dela, pois por algumas horas, eu me tornei a heroína, a pobre senhorita Anne, q era romântica, sonhadora e muito recriminada pelos moradores da cidade por se prestar a trabalhar pra aquele monstro do senhor John, mas.... como já é de se imaginar, enquanto ele forte e corajoso, domava os cavalos selvagens da sua fazenda, Anne, com toda sua doçura e carisma, domava a fera q havia dentro dele, até o dia em que os dois sucumbem ao desejo ardente que flamejava em suas almas e se entregam a paixão arrebatadora que faz com que degele o coração de John e assim, ele torna-se um homem melhor, conquistando a confiança e admiração das pessoas e ao final, casando-se com Anne e ainda por cima tendo dois lindos filhos.

    ResponderExcluir
  2. comantário 2
    Depois deste livro, li vários outros, confesso q isso realmente vicia, mas não que seja um vício ruim, eu tinha minhas tardes embaladas por doces romances que sempre me davam inspiração para me imaginar como sendo a mocinha da história, de fato, eu q já era propensa ao fado de ser uma romântica incorrigível, me tornei então uma romântica incorrigível e desesperada a procura de um amor como os dos livros q eu tanto li.
    Hoje, anos depois, vejo que a vida é brutalmente diferente da realidade, não há de fato romances como os dos livros de banca, tão pouco amores duradouros e verdadeiros, o que se tem é conveniência, comodismo e atração somente, amor é algo que só existe em páginas de livros. Aprendi isso depois de derramar tantas lágrimas por tantos caras q não valiam se quer uma migalha da minha atenção, que dirá todo amor que devotei a eles. Nossa.... q confissão mais amarga! Tá certo, ainda há os que acreditam e esperam viver um romance de banca, mas eu hoje, prefiro me ater a realidade e admirar as obras pelo lado da construção dos personagens, da beleza das capas, do que me imaginar propensa a viver uma história assim.
    Ah, cabe falar mais duas coisas, anos mais tarde quando eu fiz 22 anos, soube que devido a uma enchente que atingiu a casa da minha amiga, a coleção de livros dela literalmente foi por água a baixo, uma perda realmente lastimável pois de fato, a riqueza q ela tinha não eram jóias ou carros, mas milhares de amores impossíveis gravados em páginas de livros que eram comercializados em bancas de jornais afim de suprir ou mesmo quem sabe fomentar a doce ilusão romântica de várias leitoras dessas tão mal faladas obras.
    E segundo, talvez meu romantismo, seja fruto até mesmo do meu próprio nome, quem diria, eu, com nome de heroína, sim, me chamo "Sabrina", e mesmo que eu diga q não mais sonho com amores impossíveis, no fundo da minha alma, ainda nutro um enorme desejo de um dia pelo menos viver algo do tipo, afinal, quem nunca sonhou em viver um romance de banca de jornal q atire a primeira pedra!

    ps.: foi muito extenso meu comentário, mas pq o texto foi tão bom, q me inspirou demasiadamente! Parabéns amiga, vc é meu orgulho!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas